
Nha corpo é di tchom
Nha’alma é di Deus
Vida é di meu
Coraçon é pa bô
Um porto de abrigo. Deixa-me lançar amarras no teu corpo. Estou cansado da tempestade dos dias.
Ontem terça-feira de um plano de treinos em défice.
Serei breve nesta minha descrição do treino de ontem:
São 16.30, visto o equipamento para correr: collants quentinhos comprados nestes hipermercados que vendem os produtos da globalização há muito anunciada; camisola térmica regateada nos picos da Europa a um português que vendia produtos fabricados em Portugal mas com a marca de uma multinacional e ténis de treino “made in…”, não precisam de se dar muito ao trabalho de adivinhar, já estão a ver não é?! Saio para a rua, reparo que sou alvo de atenção da população sedentária do café perto da minha casa. Nada a que não esteja habituado, as meninas devem achar que eu estou com uma lingerie sexy e os meninos que sou alguma borboleta esvoaçante a caminho de uma gay parade. Do pensamento das primeiras, sinto-me lisonjeado, dos segundos: enganam-se rapaziada vou correr! E corro, neste dia de Inverno fresco com uma ligeira neblina que assenta num dos muitos braços com que o Tejo aqui rasga a terra na sua ânsia de grandeza e liberdade. 1.23m de um treino “raivoso”, a penitenciar-me dos pecados da gula do fim-de-semana passado. Quando acabo, sinto que o meu corpo expurgou contrariado pelos poros o que o saciou dias antes. Até estou zonzo. Retorno à calma, alongamentos, hidratação ( H2O). Consulta da “escala de serviço” ,estou outra vez escalado para fazer o jantar…hidratos de carbono e proteínas de frango ( e quem sabe uns nitrofuranos) e a acompanhar uma bebida quente com vitaminas e minerais…gostam?!
Hoje 70m “on the rocks”
Abraço e bons treinos.
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