quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Vinte anos...

Faz hoje vinte anos sobre a minha, única, participação numa prova de maratona. Única, não por não gostar ou temer a distância, mas por questões relacionadas com as articulações ao nível dos joelhos.

Desde que me conheço que sinto dores nos joelhos, especialmente nas flexões e na chamada, posição de cócoras. Por volta dos vinte anos de idade, e numa altura em que as dores do joelho direito eram quase insuportáveis, decidi ir ao ortopedista. Depois duma breve observação sou enviado para o Rx. Duas semanas depois obtenho o veredicto final: Patelas Bipartidas.

Daqui até à sala de operações foi um ápice. Quatro a cinco meses de recuperação e volto às corridas. Paulatinamente, como convinha, vou subindo de forma, aumentando a carga e um ano depois estava a 100 % e pronto para atacar todas as provas, excepto a mítica maratona.

Naquela altura, com três anos de corridas, não me seduzia muito a ideia de andar horas e horas a correr. Porém, com decorrer dos anos, com o aumento da resistência física e mental, com o aumento dos conhecimentos da matéria, o bichinho da maratona começou a roer cá na cabeça e pensei: “com mais ou menos dores, tenho que fazer uma maratona!”. E como só posso fazer uma, e como bom português, quero fazer menos de três horas…
Depois de 946 km de intensos treinos durante longas doze semanas (9 treinos longos, 300 minutos de Fartlek, pouca pista; 4 séries de 2000 – 7.47,727,731 e 7.10 – 1 teste na meia de V.F. de Xira, 1h21m30s. 66 a 68kg de peso (hoje peso 74kg), T.A. 120/60), participo na 3ª Maratona de Lisboa a 6 de Novembro de 1988!

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